quinta-feira, 18 de março de 2010

Estudantes da UnB fazem um trote diferente: doando sangue


Em meio à greve dos professores, alguns dos calouros e veteranos da Universidade de Brasília (UnB) deram um exemplo de solidariedade na tarde desta quarta-feira (17/3). Dando continuidade ao projeto da Calourada 2010, que teve início na sexta-feira (12/3) e à programação dos trotes solidários, os estudantes foram ao Hemocentro para doar sangue no primeiro dia da campanha.

Luana Alves, 21 anos, estudante responsável pela organização do trote da Calourada, acredita que a primeira doação deve ser incentivada. Para ela, ainda existe falta de informação e mistificação sobre esse assunto. "Os hospitais estão sempre precisando de sangue e algumas pessoas ainda temem os procedimentos. Depois que elas doam a primeira vez, continuam a doar sem precisar de incentivo", explica. As campanha também acontece nos dias 18, 22 e 23 de março.

Segundo a Fundação Hemocentro de Brasília, os jovens correspondem a 60% dos doadores voluntários de sangue do Distrito Federal. Para a diretora-presidente do Hemocentro de Brasília, Maria de Fátima Brito, a iniciativa da doação dos alunos da UnB demonstra espírito de solidariedade. "Em vez de estarem cometendo atos violentos em trotes tradicionais, esses alunos estão provando que têm consciência e estão salvando vidas", diz a diretora.

A caloura de engenharia civil, Jessica Soares, 18 anos, não via a hora de doar sangue pela primeira vez. "Assistia às campanhas na televisão e não podia participar por causa da minha idade. Agora que posso, não pensei duas vezes. É um gesto muito humano e o procedimento é tão rápido e fácil. Tem tanta gente precisando, porque não ajudar?" comenta.

Marcello Machado, 19 anos, é calouro de direito e traz o bom exemplo de casa. Segundo o estudante, o pai, Aldemar de Miranda, doava todos os anos e sempre que sabia que estavam precisando do tipo sanguíneo dele nos hospitais, corria para doar. "Meu pai sempre me motivou e hoje também sei que um ato simples como esse pode salvar vidas", diz.

Quanto à substituição do trote violento pelo trote solidário, Luana é incisiva. "O trote solidário é uma forma de acabar com um problema histórico. "Queremos mostrar que essa tradição pode ser comemorada de uma maneira diferente. Por que não ajudar ao próximo em vez de humilhar os calouros?", comenta.

O estudante de relações internacionais, Tony Bezerra, acredita que o trote solidário é um avanço para a sociedade. "Essa opção de trote é uma maneira de continuar com o ritual de celebração e promover uma aproximação saudável entre calouros e veteranos. Ajuda ao próximo e não incentiva a violência e a humilhação", conclui Tony.


Para os interessados em participar dos programas da Calourada 2010 acesse: www.dce.unb.br


http://www.correioweb.com.br/euestudante/noticias.php?id=9214


O pessoal da UNB tá de parabéns pelo bom exemplo!!!! Deveriam as outras universidade do país copiarem essa iniciativa, os bancos de sangue agradecem..

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