A condenação de um aluno da 7ª série de um colégio particular de Belo Horizonte, em Minas Gerais, em um caso de bullying, mostra que a Justiça brasileira está cada vez mais propensa a encarar como agressão brincadeiras de mau gosto. A família do estudante foi condenada a pagar R$ 8 mil a uma colega que recebia apelidos maldosos. Pois não é só na Justiça que os praticantes de bullying (atos de violência física ou psicológica, que humilham, constrangem ou descriminam uma pessoa) são considerados agressores. Duas pesquisas recentes associam a prática à agressividade.
Um deles, realizado pela Universidade George Mason, em Washington D.C., nos Estados Unidos, associa o comportamento dos praticantes de bullying ao dos adultos diagnosticados com fobia social. Batizado de ¿The Darker Side of Social Anxiety: When Aggressive Impulsivity Prevails Over Shy Inhibition¿ (O Lado Escuro da Ansiedade Social: Quando Impulsividade Agressiva Prevalece sobre a Timidez). A tese dos psicólogos Todd Kashdan e Patrick E. McKnight, publicada na edição de maio da revista Current Directions in Psychological Science, é a de que a fobia social encobre na verdade um comportamento potencialmente violento que tem origem no medo. "Para pessoas com fobia social parece fazer sentido a estratégia de atacar e rejeitar os outros antes que eles tenham a chance de fazer o mesmo contra eles", disse Todd Kashdan ao jornal The New Times.
A pesquisa, que estudou o comportamento de 1.822 pessoas, aponta que um em cada cinco adultos que apresentam o problema demonstra comportamento agressivo.
Medo
O medo de ser rejeitado pelo grupo também aparece como fator motivador para o bullying numa pesquisa escocesa feita com 481 estudantes entre nove e 12 anos pela Universidade de Groningen.
Os alunos foram submetidos a um questionário por um time de sociólogos e responderam às perguntas sobre seus sentimentos em relação aos colegas de classe. Outras perguntas se referiam especificamente a episódios de agressão e pediam para identificar se já tinham sido vítimas ou praticante de bullying.
Segundo os pesquisadores, praticantes de bullying tendem a dividir os colegas entre fontes de afeição e alvos de dominação. Entre esses últimos, predominam os que já foram atacados por seus colegas. Os agressores buscam aprovação apenas de colegas do mesmo sexo e geralmente atacam quem já é atacado. O estudo também aponta que eles não se importam com a opinião das meninas. O mesmo acontece com as garotas agressoras, que não estão preocupadas com o que pensam os meninos em geral.
"Praticantes de bullying são muito estratégicos em suas ações. Buscam atenção e afeto do seu próprio grupo", disse um dos autores, René Veenstra, ao jornal The New York Times. Em grupos de ambos os sexos, crianças obesas estão entre os principais alvos das agressões, não importando raça, status social ou desempenho acadêmico.
http://mulher.terra.com.br/interna/0,,OI4447694-EI1377,00-Estudos+associam+o+bullying+a+comportamento+agressivo.html
hmm interessante, bullying, eh sinal de fraqueza de ambos os lados '-'
ResponderExcluirolhe o meu:
www.madrugando.net
O grande problema do Bullying é que ele atinge justamente aqueles que já estão fragilizados socialmente. Os pais devem estar atentos se seus filhos mudaram o comportamente e não podem passar a mãe na cabeça dos filhos que cometem o bullying. Conversa é excencial e deve-se dar o exemplo, o medo não justifica a agressão e por isso deve ser trabalhado. Muita gente insegura acaba escondendo isso com comportamentos opostos, que creio que seja o caso do Bullying... Enfim, o assunto é sério. Mais um ótimo post!
ResponderExcluirFlaemmchen
A culpa é de quem?
ResponderExcluirDos Pais?
Da Escola?
Do Governo?
Da sociedade como um todo?
Dos veículos de comunicação?
O mais estranho é o estudo associar à agressividade, meio óbvio. O importante é os pais estarem sempre atentos ao comportamento dos filhos, além é claro de dialogar com os professores de forma efetiva a coibir esse tipo de atitude.
ResponderExcluirADOREI SEU BLOG, MANEIRO AQUI!VOU TE SEGUIR...
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