Hoje é o Dia Mundial da Luta Contra o Tabaco, e você já pitou quantos? Aí vai um alerta para as mulheres... Eu sempre defendi que os fumantes arcassem com os custos do seu tratamento, queria ver quem continuaria a fumar...
Ele mede apenas 10cm, mas suas consequências são avassaladoras. A cada ano, o cigarro é responsável pela morte de 5 milhões de pessoas no mundo, um número maior do que todas as guerras ou qualquer outra causa evitável, apesar dos esforços internacionais. De acordo com as estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS), há 1 bilhão de fumantes no planeta. Desse total, cerca de 20% são mulheres, o que as tornaria alvo preferencial das estratégias de marketing para expansão da indústria tabagista. Por esse motivo, são justamente elas o foco das ações no Dia Mundial da Luta contra o Tabaco, celebrado nesta segunda-feira (31/5).
A consultora da Organização Mundial da Saúde (OMS) Vera Luiza da Costa e Silva conta que a escolha das mulheres como alvo prioritário da campanha deste ano ocorreu também por se tratar da parcela da população tradicionalmente mais exposta aos efeitos nocivos do cigarro. “O uso do tabaco em todas as suas formas se concentrou historicamente entre homens. Mas as mulheres — e as crianças — sempre pagaram o preço do tabagismo passivo, já que na maioria das vezes os pais e maridos as expõem à fumaça de seus cigarros”, destaca a médica.
Anualmente, segundo os dados da OMS, 600 mil pessoas morrem em decorrência da inalação da fumaça de cigarros de parentes, amigos ou colegas de trabalho. Segundo o Informe da OMS sobre a epidemia mundial de tabagismo, divulgado em dezembro de 2009, respirar a fumaça do cigarro de outras pessoas é o suficiente para o desenvolvimento de doenças como tumores cerebrais e problemas respiratórios. “No caso das mulheres, os efeitos são ainda mais dramáticos. A inalação da fumaça do cigarro aumenta o risco de desenvolvimento de câncer de mama e de útero. Nas gestantes, potencializa as chances de abortos espontâneos e o nascimento de crianças com baixo peso”, enumera o oncologista Murilo Buso.
Dependência
A pesquisa da OMS revelou também dados preocupantes sobre os danos causados pela dependência de nicotina. Se o quadro atual persistir, em 2030 o número de mortes causadas pelo cigarro e seus derivados deve pular para 8 milhões. “O que é mais dramático é que dois terços dessas mortes — todas perfeitamente evitáveis — ocorrerão em países em desenvolvimento”, afirma a médica Vera Luiza da Costa e Silva.
O angiologista Ricardo Meirelles, do Instituto Nacional do Câncer (INCA), explica que os danos do fumo não estão restritos ao sistema respiratório. “Praticamente todos os órgãos do corpo são prejudicados pelo consumo das mais de 6 mil substâncias tóxicas presentes no cigarro. Esses problemas vão desde irritação nasal e ataques de asma até tumores cerebrais e leucemia.” O médico conta ainda que é preciso evitar ao máximo o consumo do primeiro cigarro. “Duas de cada três pessoas que experimentam acabam se viciando. Além disso, quanto mais jovem a pessoa começar a fumar, mais difícil vai ser para largar”, afirma.
A servidora pública Cláudia Ribas, 47 anos, começou a fumar esporadicamente quando tinha 15 anos. “Meu primeiro cigarro era de hortelã. Naquela época, todo mundo fumava”, conta. Hoje, consome em média 10 cigarros por dia. Quando ingere alguma bebida alcoólica ou está com algum problema, porém, esse número chega a dobrar. “Eu não sou daquelas pessoas que acordam de madrugada para fumar ou que entram em crise quando o cigarro acaba, mas tenho uma sensação de calma quando fumo. O cigarro me deixa relaxada e traz uma satisfação muito grande”, admite.
Depois de idas e vindas com o cigarro, ela diz que não pretende deixar o hábito de lado. “Eu consegui parar várias vezes. Fiquei três meses, oito meses e até um ano sem fumar, mas acredito que qualquer substância em excesso faz mal. Existem os males da carne, dos remédios, da bebida. Para mim, eles são tão perigosos quanto o fumo”, afirma. “Apesar disso, eu tento respeitar os não fumantes. Não fumo na frente deles, no trabalho ou em restaurantes, exatamente porque eu acho que ninguém é obrigado a conviver com o meu cigarro”, completa.
Sem cigarro, com glamour
Durante décadas, o cigarro foi associado ao glamour, numa imagem explorada em filmes e peças publicitárias. É justamente essa ideia que uma iniciativa brasiliense tenta combater. “Estamos tentando mostrar para as pessoas que é exatamente o oposto. O cigarro é uma prisão. Tem potencial de viciar maior que o da maconha e o da cocaína”, assinala o oncologista Murilo Buso, um dos criadores da campanha Sem Tabaco, 100% Fashion, voltada principalmente para as mulheres e os jovens.
A estudante de moda e rapper Rose Alves, 21 anos, fumou durante três anos. Atualmente, ela comemora os quase 12 meses que está longe dos cigarros. “Eu fumava mais quando me sentia sozinha, mas comecei a me conscientizar dos males que o cigarro faz para o meu corpo e vi que precisava parar”, conta. O caso de Rose, contudo, é uma exceção. Deixar o cigarro não é uma tarefa fácil, especialmente para quem começou cedo. “Além de criar uma dependência física, o cigarro também cria uma dependência psicológica”, explica o angiologista Ricardo Meirelles.
O coordenador de tabagismo da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, Celso Rodrigues, destaca que os brasilienses que querem parar de fumar têm tratamento disponível na rede pública. “Praticamente todas as unidades básicas de saúde possuem grupos de apoio multidisciplinares”, informa.
A consultora da Organização Mundial da Saúde (OMS) Vera Luiza da Costa e Silva conta que a escolha das mulheres como alvo prioritário da campanha deste ano ocorreu também por se tratar da parcela da população tradicionalmente mais exposta aos efeitos nocivos do cigarro. “O uso do tabaco em todas as suas formas se concentrou historicamente entre homens. Mas as mulheres — e as crianças — sempre pagaram o preço do tabagismo passivo, já que na maioria das vezes os pais e maridos as expõem à fumaça de seus cigarros”, destaca a médica.
Anualmente, segundo os dados da OMS, 600 mil pessoas morrem em decorrência da inalação da fumaça de cigarros de parentes, amigos ou colegas de trabalho. Segundo o Informe da OMS sobre a epidemia mundial de tabagismo, divulgado em dezembro de 2009, respirar a fumaça do cigarro de outras pessoas é o suficiente para o desenvolvimento de doenças como tumores cerebrais e problemas respiratórios. “No caso das mulheres, os efeitos são ainda mais dramáticos. A inalação da fumaça do cigarro aumenta o risco de desenvolvimento de câncer de mama e de útero. Nas gestantes, potencializa as chances de abortos espontâneos e o nascimento de crianças com baixo peso”, enumera o oncologista Murilo Buso.
Dependência
A pesquisa da OMS revelou também dados preocupantes sobre os danos causados pela dependência de nicotina. Se o quadro atual persistir, em 2030 o número de mortes causadas pelo cigarro e seus derivados deve pular para 8 milhões. “O que é mais dramático é que dois terços dessas mortes — todas perfeitamente evitáveis — ocorrerão em países em desenvolvimento”, afirma a médica Vera Luiza da Costa e Silva.
O angiologista Ricardo Meirelles, do Instituto Nacional do Câncer (INCA), explica que os danos do fumo não estão restritos ao sistema respiratório. “Praticamente todos os órgãos do corpo são prejudicados pelo consumo das mais de 6 mil substâncias tóxicas presentes no cigarro. Esses problemas vão desde irritação nasal e ataques de asma até tumores cerebrais e leucemia.” O médico conta ainda que é preciso evitar ao máximo o consumo do primeiro cigarro. “Duas de cada três pessoas que experimentam acabam se viciando. Além disso, quanto mais jovem a pessoa começar a fumar, mais difícil vai ser para largar”, afirma.
A servidora pública Cláudia Ribas, 47 anos, começou a fumar esporadicamente quando tinha 15 anos. “Meu primeiro cigarro era de hortelã. Naquela época, todo mundo fumava”, conta. Hoje, consome em média 10 cigarros por dia. Quando ingere alguma bebida alcoólica ou está com algum problema, porém, esse número chega a dobrar. “Eu não sou daquelas pessoas que acordam de madrugada para fumar ou que entram em crise quando o cigarro acaba, mas tenho uma sensação de calma quando fumo. O cigarro me deixa relaxada e traz uma satisfação muito grande”, admite.
Depois de idas e vindas com o cigarro, ela diz que não pretende deixar o hábito de lado. “Eu consegui parar várias vezes. Fiquei três meses, oito meses e até um ano sem fumar, mas acredito que qualquer substância em excesso faz mal. Existem os males da carne, dos remédios, da bebida. Para mim, eles são tão perigosos quanto o fumo”, afirma. “Apesar disso, eu tento respeitar os não fumantes. Não fumo na frente deles, no trabalho ou em restaurantes, exatamente porque eu acho que ninguém é obrigado a conviver com o meu cigarro”, completa.
Sem cigarro, com glamour
Durante décadas, o cigarro foi associado ao glamour, numa imagem explorada em filmes e peças publicitárias. É justamente essa ideia que uma iniciativa brasiliense tenta combater. “Estamos tentando mostrar para as pessoas que é exatamente o oposto. O cigarro é uma prisão. Tem potencial de viciar maior que o da maconha e o da cocaína”, assinala o oncologista Murilo Buso, um dos criadores da campanha Sem Tabaco, 100% Fashion, voltada principalmente para as mulheres e os jovens.
A estudante de moda e rapper Rose Alves, 21 anos, fumou durante três anos. Atualmente, ela comemora os quase 12 meses que está longe dos cigarros. “Eu fumava mais quando me sentia sozinha, mas comecei a me conscientizar dos males que o cigarro faz para o meu corpo e vi que precisava parar”, conta. O caso de Rose, contudo, é uma exceção. Deixar o cigarro não é uma tarefa fácil, especialmente para quem começou cedo. “Além de criar uma dependência física, o cigarro também cria uma dependência psicológica”, explica o angiologista Ricardo Meirelles.
O coordenador de tabagismo da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, Celso Rodrigues, destaca que os brasilienses que querem parar de fumar têm tratamento disponível na rede pública. “Praticamente todas as unidades básicas de saúde possuem grupos de apoio multidisciplinares”, informa.
http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/05/31/cienciaesaude,i=195277/UM+ALERTA+AS+MULHERES.shtml
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