
A principal vedete da eleição é a internet, que, se atingir todo seu potencial, criará um canal de diálogo entre os candidatos e a população. Por meio da interatividade dos blogs e microblogs, os eleitores terão oportunidades de conversa, ainda que limitada a pequenas perguntas e respostas. A estimativa de especialistas mostra que 65 milhões de pessoas acima de 16 anos estão conectadas no país, quase 50% do eleitorado apto a votar em outubro.
As campanhas esperam tirar dividendos dessa interação. A legislação eleitoral permite que se faça doação direta pelos sites com cartão de crédito. Há também uma estratégia voltada para a parcela — ainda minoritária — altamente conectada ao mundo virtual. Eleitores com telefones inteligentes serão usados como foco de disseminação de conteúdos e materiais de seus candidatos preferidos. Na eleição presidencial norte-americana, essa rede móvel mobilizou-se em torno do vitorioso Barack Obama.
A especialista em direito digital Vivian Pratti, do escritório Patrícia Peck Pinheiro, afirmou que a internet terá papel substancial na campanha, mas fez advertências para evitar, como no mundo real, percalços na Justiça . “Deverá haver problemas pontuais. Pessoas vão fazer perfis falsos para fazer campanha negativa”, disse Vivian. Para ela, os candidatos devem se preocupar em não afogar os eleitores com excesso de conteúdo.
A Justiça também terá a responsabilidade de aplicar a lei de iniciativa popular que proíbe a candidatura de políticos que respondem a processos. O Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral fiscaliza ao lado do Ministério Público a aplicação da proibição para evitar que a peneira da Justiça deixe passar o registro de algum ficha suja.
Polar
Para o cientista político Geraldo Tadeu Moreira Monteiro, presidente do Instituto Brasileiro de Pesquisa Social, a eleição deste ano caracteriza-se também pela polarização. “Nas eleições anteriores, sempre houve mais de dois candidatos competitivos ou um único candidato competitivo. A polarização entre Dilma e Serra é a grande marca desta eleição”, afirmou. Na opinião dele, o fato de haver duas candidatas mulheres com possibilidades reais é outro destaque. A ex-ministra da Casa Civil foi escolhida pelo presidente Lula para dar continuidade ao seu governo. A senadora Marina Silva (PV) aparece como terceira via. Ambas tiram proveito do ineditismo das candidaturas e tentam reforçar qualidades do sexo feminino, como a intuição e o lado maternal.
O último relatório do Observatório Brasil da Igualdade de Gênero (2009/2010) aponta que a baixa participação de mulheres em espaços de poder e decisão é um dos obstáculos à consolidação da democracia. Não chegam a 20% nos cargos de maior nível hierárquico no Legislativo, nos governos municipais e estaduais, nas secretarias do primeiro escalão do Executivo, no Judiciário. Apesar disso, as mulheres são mais da metade da população e do eleitorado e representam quase 50% da população economicamente ativa do país.
http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/07/06/politica,i=200966/LULA+FORA+DA+CEDULA+ENFASE+NA+INTERNET+E+FORTE+PRESENCA+FEMININA+DAO+INEDITISMO+A+CORRIDA+PRESIDENCIAL.shtml
cara ke comentario enorme ...
ResponderExcluirmas li sim e achei bom
odeio campanha eleitoral acho que so deveria ter na net pois agente so daria uma olhadinha mas na tv e foda assistir akilo eu desligo a tv logo ...