Lendo o portal Terra, vi essa matéria que achei muito interessante.. Realmente hoje o mundo está tão louco que até as crianças são vitimas do perfeccionismo.. Essa sobrecarga que se impõe, de se fazer um monte de atividades, de ser o melhor da turma, de se destacar em tudo é um tanto quanto complicada demais para a cabeça dos pequenos, gera uma cobrança desnecessária, certamente, quando forem adultos, já estarão estressados demais.. Me lembro que há poucos anos atrás, quando eu era criança, era sim, um dos melhores da turma, fazia outras atividades, mas também tinha tempo para brincar, assistir televisão ou ficar sem fazer nada mesmo.. Havia cobranças da família? Indiretamente, mas nada que me sufocasse, pude viver a minha infância do jeito que eu quis e isso foi muito bom, diferentemente desse estilo militar em que as crianças vivem hoje.. Vejam a matéria:
Para um batalhão de alunos, as férias de meio de ano acabam nesta semana. "Rito de passagem" envolvendo pais e filhos, a data tem sua importância. A perspectiva de outro semestre se descortina e a garotada vai, novamente, pegar a mochilinha e encarar a ansiedade dos desafios e realizações, dos obstáculos e superações.
Sou frequentemente solicitada, no meu consultório espiritual, por pais preocupados com o desdobramento vocacional dos filhos, inquietos para saber se encontrarão uma boa profissão, um bom emprego. Quando se trata dessa questão, a vidente trabalha dobrado: é necessário o aconselhando correto - apaziguando, mitigando, serenando. Conjunto propício a exagero e estresse desnecessário, deve ser avaliado com enorme atenção porque, além de tudo o mais, está na berlinda o futuro de uma criança.
Esse mesmo cuidado deve ser encontrado na escola. Percebo, um pouco estarrecida, que ela anda obcecada com a produtividade. Soube de jovens de quatorze anos que trabalham nove horas diárias, olhando para o relógio, empregando o tempo do modo mais eficiente possível. Fiquei impressionada ao descobrir um menino de doze anos com a agenda lotada de tarefas.
Os garotos e garotas estão crescendo rápido demais e cedo demais. Moços de dez anos organizam sua vida social pelo celular, as meninas chegam à puberdade cada vez mais cedo. Todos com muita ansiedade em relação às marcas de consumo, aos bens materiais, à modelagem do corpo e ao sexo.
As mensagens que despencam sobre as crianças, das mais variadas maneiras, exigem que façam muito e de forma impecável. Disciplinas regulares, aulas particulares, reforço, acompanhamento, idiomas, esporte, arte, música, em todas as atividades precisam "dar certo". Os pais não aceitam da prole nenhuma outra possibilidade, nenhum outro resultado. A pressão feroz leva à compulsão de aperfeiçoar sempre, alimentando uma competição cada vez mais exagerada.
Observo na rua, talvez por força desse desequilíbrio - também com pesarosas consequências espirituais -, meninos e meninas com a "camiseta do colégio", num desencanto que não tem nada a ver com a sua idade. Estamos atormentando e afobando demasiadamente a infância? As crianças forçadas, esgotadas. Tudo "no sufoco", tudo "dá nos nervos".
Abarrotar a cabeça de informações costuma não ser tão produtivo quanto se supõe. Sobra pouco espaço para a imaginação e a liberdade. Como se diz: "melhor uma cabeça bem feita do que uma cabeça bem cheia". O importante é explorar o mundo, e, principalmente, aprender a pensar, solidificando os modelos certos.
Melhor estudar com mais tranquilidade, explorar mais fundo e serenamente algum tema. Infelizmente, a escola virou um campo de batalha onde a única coisa que importa é ser o primeiro da turma. Não está certo. Precisamos cuidar para não sufocarmos demais nossas crianças: agitadas, impacientes, irritadas, dormindo pouco. Viver plenamente é uma busca, aproveitar neuroticamente cada segundo é um erro.
Envolvida com a dimensão espiritual - em sentido maior, de respeito às essências e equilíbrios do Ser Humano -, admiro métodos mais lúdicos de ensino. Uma escola turbinada e superexcitada gera desequilíbrio e, como temos acompanhado, para surpresa de qualquer pessoa sensata, cada vez com maior frequência, ataques de pânico comprometendo garotada de pouca idade. Como agir? Basta aprender com Platão, grande mestre: "a educação mais eficiente é deixar que a criança brinque entre coisas adoráveis".
Por Marina Gold para o site Terra
http://vidaeestilo.terra.com.br/esoterico/interna/0,,OI4600176-EI14323,00-E+preciso+cuidado+para+nao+sufocar+os+filhos+na+escola.html
Sou frequentemente solicitada, no meu consultório espiritual, por pais preocupados com o desdobramento vocacional dos filhos, inquietos para saber se encontrarão uma boa profissão, um bom emprego. Quando se trata dessa questão, a vidente trabalha dobrado: é necessário o aconselhando correto - apaziguando, mitigando, serenando. Conjunto propício a exagero e estresse desnecessário, deve ser avaliado com enorme atenção porque, além de tudo o mais, está na berlinda o futuro de uma criança.
Esse mesmo cuidado deve ser encontrado na escola. Percebo, um pouco estarrecida, que ela anda obcecada com a produtividade. Soube de jovens de quatorze anos que trabalham nove horas diárias, olhando para o relógio, empregando o tempo do modo mais eficiente possível. Fiquei impressionada ao descobrir um menino de doze anos com a agenda lotada de tarefas.
Os garotos e garotas estão crescendo rápido demais e cedo demais. Moços de dez anos organizam sua vida social pelo celular, as meninas chegam à puberdade cada vez mais cedo. Todos com muita ansiedade em relação às marcas de consumo, aos bens materiais, à modelagem do corpo e ao sexo.
As mensagens que despencam sobre as crianças, das mais variadas maneiras, exigem que façam muito e de forma impecável. Disciplinas regulares, aulas particulares, reforço, acompanhamento, idiomas, esporte, arte, música, em todas as atividades precisam "dar certo". Os pais não aceitam da prole nenhuma outra possibilidade, nenhum outro resultado. A pressão feroz leva à compulsão de aperfeiçoar sempre, alimentando uma competição cada vez mais exagerada.
Observo na rua, talvez por força desse desequilíbrio - também com pesarosas consequências espirituais -, meninos e meninas com a "camiseta do colégio", num desencanto que não tem nada a ver com a sua idade. Estamos atormentando e afobando demasiadamente a infância? As crianças forçadas, esgotadas. Tudo "no sufoco", tudo "dá nos nervos".
Abarrotar a cabeça de informações costuma não ser tão produtivo quanto se supõe. Sobra pouco espaço para a imaginação e a liberdade. Como se diz: "melhor uma cabeça bem feita do que uma cabeça bem cheia". O importante é explorar o mundo, e, principalmente, aprender a pensar, solidificando os modelos certos.
Melhor estudar com mais tranquilidade, explorar mais fundo e serenamente algum tema. Infelizmente, a escola virou um campo de batalha onde a única coisa que importa é ser o primeiro da turma. Não está certo. Precisamos cuidar para não sufocarmos demais nossas crianças: agitadas, impacientes, irritadas, dormindo pouco. Viver plenamente é uma busca, aproveitar neuroticamente cada segundo é um erro.
Envolvida com a dimensão espiritual - em sentido maior, de respeito às essências e equilíbrios do Ser Humano -, admiro métodos mais lúdicos de ensino. Uma escola turbinada e superexcitada gera desequilíbrio e, como temos acompanhado, para surpresa de qualquer pessoa sensata, cada vez com maior frequência, ataques de pânico comprometendo garotada de pouca idade. Como agir? Basta aprender com Platão, grande mestre: "a educação mais eficiente é deixar que a criança brinque entre coisas adoráveis".
Por Marina Gold para o site Terra
http://vidaeestilo.terra.com.br/esoterico/interna/0,,OI4600176-EI14323,00-E+preciso+cuidado+para+nao+sufocar+os+filhos+na+escola.html
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